Hoje, estando eu refastelada no sofá, lá liguei a tv para passar o tempo. Estava a falar num canal sobre a adopção em Portugal. Não vi desde o inicío, o que muita pena me deu, mas o pouco que vi, deixou-me completamente chocada.
Estava uma senhora, a contar que foi visitar uma instituição. Que no meio de algumas crianças, desde o inicío houve empatia com uma delas. Mais tarde decidiu-se por avançar para a adopção. Qual o espanto dela, quando uma das responsavéis, creio eu, da dita instituição lhe sugere se ela não quer esperar mais um tempo por uma criança saudável, é que a dita criança tem um problema no palato, coisa que uma simples cirúrgia não resolva. Fiquei sem reação. Se a senhora era aquela criança que queria adoptar, que coração tem aquela funcionária da instituição para dizer uma coisa destas? Será que aquela criança era anormal?
Outro caso, uma outra senhora decidiu-se pela adopção, já que não podia ter filhos. A criança que finalmente lhe foi entregue, com 2 anos e 9 meses, já estava a espera de ser adoptada desde os 10 meses e a mãe a espera à cinco anos. Quando as técnicas da segurança social foram fazer a visita à casa dos ditos futuros pais, ainda têm a lata de dizer que o quarto onde a criança iria ficar, era pequeno.
Isto realmente é de gritos.
Tantos pais ansiosos por poderem dar carinho, amor e um lar. Tanta criança em instituições, sabe-se lá algumas em que condições, a espera de carinho, de amor e de um lar e esta merda desta burocracia, neste país de merda que nunca mais dá andamento a processos que bastava uma simples assinatura para fazerem tantas crianças/pais adoptivos felizes.
É esta merda de país onde vivemos e onde cada vez mais os senhores governantes olham para o seu umbigo. Haja paciência.