Se existem coisas que me deixam preocupada, é esta crescente onda de morte nos idosos. Todos os dias são notícia nos telejornais, nos jornais. Infelizmente já não tenho qualquer um dos avós vivos. Mas fico preocupada com o abandono a que muitos destes idosos são empurrados.
No meu prédio, mesmo no apartamento por baixo do meu, moram duas idosas, todos os dias os filhos passam para as visitar, a temporadas, os filhos que moram fora da cidade, as vem visitar e por cá ficam uns dias, mas todos os dias tenho a preocupação de manhã, de estar atenta ao ruido de elas a levantarem as persianas. Quando para cá vim morar, o meu filho ainda não tinha 1 ano e claro já se sabe como são as crianças.... desfiz-me em desculpas pelo barulho que ele fazia, mas logo me foram sossegando, que pelo menos sabiam que se lhes acontecesse alguma coisa, teriam a quem recorrer. Sempre que estou na varanda, lhes dou uma palavrinha, sempre que desço as escadas, tenho o cuidado de lhes tocar na campainha, podem precisar de algo. E sinceramente, depois destes últimos acontecimentos, sempre que dou conta que estão sozinhas, mais atenta fico. Nunca se sabe.....
Não sou a favor que se os pais estão velhos, se encostem a um canto. Afinal quantos sacrificios eles fizeram por nós? Quem foi que nos deu o ser? Revolta-me quando oiço que o filho bateu no pai, que trata mal um deles.... Sempre ouvi dizer que filho és, pai serás, conforme fizeres assim acharás......
Mas resumindo, a esses idosos já ninguém lhes restitui a vida, se calhar tiveram uma existência infeliz, afastados de tudo e todos e até na morte foram infelizes.....
Quando sem dar por ela, as lágrimas começam a correr livremente....
Quando a mais mínima coisa me irrita e me deixa à beira de um ataque de nervos....
Quando me começo a isolar e a não conseguir dirigir palavra a ninguém....
Quando depois de muitas horas de sono, ele continua lá....
Quando o corpo me dói e só me apetece estar deitada no escuro....
Quando tenho a sensação que a cabeça anda a mil e fico feita num oito....
Sei que chegou a hora de abrandar o ritmo e de me isolar.... de repensar estes últimos tempos e de fazer o que me der na real gana.... Depois volto.... Até já....
São estes pequenos momentos que nos fazem acreditar que o dia de amanhã será ainda melhor que o de hoje....
Como é que ainda existem pessoas que criticam o trabalho dos médicos e enfermeiros do Inem/Vmer, quando eles próprios arriscam a vida deles para salvar a dos outros?
Ontem quase perdi uma pessoa de familia num acidente estúpido, se as pessoas que percorrem as nossas estradas tivessem mais civismo. Com um temporal de granizo, com existem pessoas que andem nas autoestradas a "esgalhar" sem se importar com quem lá anda muitas das vezes em trabalho. Depois de um despiste, seguido de mais um toque da dita Vmer, quando o médico saiu para prestar assistência à enfermeira e quando já os dois estavam fora da viatura, são colhidos por um às do volante, que entretanto se tinha despistado com tanto granizo na estrada. O prognóstico dos dois é grave, o médico luta pela vida num hospital do Porto, a enfermeira faz o mesmo pela dela num hospital de Vila Real. Os ferimentos são graves, o tempo de recuperação vai ser demorado e as mazelas, algumas vão manter-se.
Onde estão os culpados agora? Como ficamos nós a familia? Em sobressalto, com noites sem dormir, sempre a espera de noticias. E muita gente ainda critica.... tenham dó e pensem se um dia destes não vão precisar dos serviços deles. Sinto-me triste, muito triste mesmo
... nada melhor que este para companhia no aconchego do sofá.....
.... e ainda mais estes para adoçar a alma....
.... oferecidos ontem ....
O que é o amor afinal? Um sentimento que nos deixa loucas, com aquele friozinho na barriga, é partilha, é dar e receber, é ter aquele sorriso que nos faz deixar com cara de parvas. É correr todos os riscos por um breve encontro, é a partilha de dois corpos que se fundem num só, é as mãos entrelaçadas, é aquele beijo roubado por entre lencóis, é a partilha de um cigarro debaixo de uma arcada qualquer à chuva.... É aquele querer mais e sempre mais.... É dor quando se chega a conclusão que tudo isso não passou de um sonho, é o acordar para a realidade do dia a dia, de uma cama vazia, da solidão, do querer e não ter... de todos os sentimentos contrário aquilo que queremos. Alguém disse um dia que o amor mata... vai matando aos poucos... seria tão mais fácil passar uma borracha e apagar o passado. Mas não, ele esta todos os dias presente, uma música, uma frase, qualquer recordação chega para se voltar ao que se passou.
Tal como no tango, para o amor são precisos dois, em sintonia, em harmonia. Mas haverá sempre no amor, aquele que ama, aquele que gosta de ser amado, aquele que partilha, aquele que não gosta de partilhar... Assim nenhum amor resiste, assim um sai derrotado e o outro ganhador... Sai ganhadora desta experiência... aprendi que o amor nem sempre é fácil. E quem foi que disse que amar era fácil???
Já uma vez falei aqui, que quando estou com a "noia", o que ainda me consegue acalmar, são os tachos e as panelas. Por isso vou para a cozinha e dou asas à imaginação. Hoje depois de ter "soltado os cães" às meninas da Moviflor, pois desde Dezembro que estou à espera das almofadas do meu sófa , lá voltei para casa e fui para o meu "santuário". Depois de adiantar o jantarito, já estava alguma coisa no forno .... o resultado foi este......
.... ainda não provei, o jantar foi bom, de seguida comi uns morangos com chantilly e um café com natas. Mais logo, vai uma fatia com uma ginginha da Manú. Há quem lhe chame "floresta negra", mas eu dei a volta à coisa e embebedei-o com a dita ginginha. Está bem, eu depois digo como estava de paladar ..... Depois destas "aventuras" estou como nova......
A todos desejo um bom fim de semana.
A cada dia que passa, mais me desiludo com o que me rodeia. Talvez tenha chegado a altura de me fechar novamente na concha.....
Alguns de vocês sabem, outros não, mas o meu pikeno hà 4 semanas àtras voltou a fazer nova fissura no 5º metatarso do pé esquerdo. Não levou gesso, pois se isso acontecesse teria que levar da ponta do pé até à coxa. 2 semanas com as canadianas, 1 semana só com 1 e depois com muito cuidado até ir à consulta de ortopedia que era hoje precisamente.
Consulta marcada para as 14.30h e convinha estar lá à hora marcada para não atrasar as outras consultas. A essa hora já tinha feito a efectivação da consulta e já estava à espera. O Sr. Dr. apareceu às 15.30h para começar as consultas. Tinha 4 pessoas à frente dele, portanto entrou para a consulta às 16.15h, 4m depois já estava despachado . Furibunda é como estou. Não fiz nada, tinha assuntos importantes para tratar e não o pude fazer.
Mas o que mais me chamou a atenção enquanto esperava, é que os médicos portugueses, ou chegaram tarde, ou estavam a atender os delegados de informação médica ou simplesmente se passeavam pelos corredores.... os médicos espanhois, estavam dentro dos consultórios, a atender os seus doentes, sempre que vinham à porta e se lhes dirigia um d.i.m. educadamente lhes diziam que só depois de terem todas as pessoas atendidas, chegaria a vez deles.
Fala-se tanto nos médicos espanhois, mas são eles que mais despacham e pelo que me apercebi as pessoas vinham de dentro com ar satisfeito, enquanto que os que saiam dos "nacionais" traziam umas caras de meter medo ao susto....
A saúde no nosso País esta de rastos ..... cada vez mais doente.... não me atrevo sequer a pensar em ficar doente..... óh Cristo anda cá abaixo ver isto......