Uma estrada colorida

Uma história tão vivida

Um livro aberto

Foste tu

A saudade a toda a hora

Não me mata, mas devora

Os meus sentidos

Foste tu

Não te vou esquecer

Nem fugir de ti

Amar às vezes faz doer

Amor faz-me pensar em ti

Eras pedra preciosa, sensatez

Alguém que um dia despertou em mim

Foste tu

Tinhas o dom de seduzir

O dom de amar e persistir

Na minha ausência

Foste tu

Não te vou esquecer

Nem fugir de ti

Amar às vezes faz doer

Amor faz-me pensar em ti

Entre a paixão e o adeus

Foi tão difícil prá mim

Se te magoei, não foi por mal

Ainda espero por ti

Talvez um dia um sinal

È tão bom olhar prá trás

Recordar e passar em tantos sitíos

Que eram nossos

Ainda tenho o teu anel

Da cor da tua pele

E desse beijo que era meu

Não te vou esquecer

Nem fugir de ti

Amar às vezes faz doer

Amor faz-me pensar em ti

Não te vou esquecer

Nem fugir de ti

Amar às vezes faz doer

Amor faz-me pensar em ti

Demasiadas pontes entre nós......

Hoje é assim que me sinto.

Xiça o que uma simples melga pode fazer,

com uma simples picada os estragos que fez,

malditaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa....

E nada melhor do que começar com uns valentes mergulhos e banhos de sol.....

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

                                        Florbela Espanca

Não existe o esquecimento total: as pegadas impressas na alma são indestrutíveis. 
(Thomas De Quincey)

Quando hà 10 anos atràs, cheguei a escola, tu não foste com a minha cara e eu não fui com a tua. Feitios iguais, logo tinhamos de chocar. Passado um tempo, passaste de colega a chefe. Aí veio o entendimento, sempre estive lá quando precisas-te. Lembro-me de um dia que até nem estava muito bem disposta e tu vieste ter comigo, falamos, falamos e as nossas diferenças desapareceram. Quando ficaste doente, nunca tive coragem para te perguntar como estavas, quando achavas necessário tu falavas. Sempre foste independente ao ponto de nem sequer admitires a tua doença. Sofreste em silêncio, passas-te os teus maus bocados, mas conseguiste erguer-te. Como pessoa persistente que ês, mudaste de emprego. Encontrava-te muitas vezes e punhamos a conversa em dia. Entretanto soube que a maldita doença te tinha atacado outra vez, pensei, ela forte vai safar-se mais uma vez. Mas não, hoje vi-te, no sitio onde menos esperava encontrar-te, numa cama de hospital. Tentei ser forte, passar-te um pouco da minha força, mas amiga, o caminho até casa foi a chorar. Doí, doí muito. Sentir que aos poucos estás a abandonar a vida. Queria dar-te o melhor para ires feliz. Não interessa até que horas fique acordada, mas vou fazer o bolo de chocolate que tu tanto gostas e que ainda hà uns dias atras, falaste a alguém no bolo e eu o fiz com todo o carinho. Vou ter saudades tuas amiga, afinal não ês assim tão velha e tinhas uma vida pela frente. Tivemos as nossas diferenças, mas quero dizer-te que vou guardar-te no meu coração para sempre.

A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água.

                                                                                                                               (Miguel de Cervantes)

Mais um final de ano lectivo, lá na minha escola. Espero agora ter mais tempo para vos dedicar e visitar mais vezes os vossos blogs. Tenho andado afastada, mas mais por uma questão de não ter muito tempo. Mas para a próxima semana, prometo por a escrita em dia.

Decidi uma altura não falar mais dos meus filhos aqui e vou manter, só que agora decidi também não falar mais de mim. Poderei postar sobre tudo e mais alguma coisa, mas sobre os meus e minha vida privada, nunca mais. Continuam a existir pessoas más, hipócritas e sem sensibilidade nenhuma e eu como ate sou uma pessoa que não estou nem aí para o que os outros fazem das suas vidinhas, que não se metam na minha. A seu tempo passarei nos vossos blogs e direi o que se passa. Aquelas que privam comigo, sabem, os outros depois direi. Já que vocês foram amigos verdadeiros e souberam apoiar quando eu necessitei.

Bom, mas a finalidade deste post é falar do final de ano lectivo. Claro que o trabalho vai continuar, para a semana já começam os exames nacionais e teremos que lá estar. Só com a diferença, que há menos barulho.

Agora é ver as meninas aflitas com as notas, passam o ano na brincadeira e depois quando chega a hora da verdade.......

Já tenho saudades deles, afinal foram eles que quando notavam que eu não estava bem, me vinham dar um abraço, um beijo, um carinho, um dizer amanhã já vai estar melhor. Claro que os apoiei quando eles precisaram, ouvi-os quando tinham problemas, tentei dar-lhes um conselho, fiquei sem saber o que dizer quando soube que estavam grávidas, mas estive sempre lá. Hoje fui recompensada, com um bonito ramo de rosas e beijos, muitos beijos, abraços, aos montes. Lá veio aquela lágrima que teimava em cair, mas tal como eles disseram, não é uma despedida é um até já.

Para vocês todos, os meus meninos, cresciditos, deixo-vos o desejo de boas férias e em Setembro lá voltaremos a encontrar-nos, quanto mais não seja, para me começarem a dar inquietações logo no incío do ano.